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S. Miguel Terapias

Somos terapeutas de Reiki, sediados perto de Almada, em Corroios, trabalhando voluntariamente em horário pós-laboral ajudando quem nos procura em busca de harmonização e equilíbrio energético.

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02
Jul12

Quem foi Mikao Usui? - a história ao gosto ocidental

smiguelterapias

No texto da semana passada dissemos que iríamos dividir a história de Mikao Usui em três partes e começámos com o texto que consta do memorial no seu túmulo.

Hoje inserimos a história que normalmente se conta incluindo os chamados cinco milagres. Esta história, com algumas variantes, decorre do que foi sendo divulgado pela senhora Hawayo Takata. Hawayo Takata, uma norte-americana de origem japonesa, foi quem divulgou o Reiki no Ocidente mas tem-se vindo a constatar que a sua versão da história de Mikao Usui e do Reiki sofre de muitas incorreções.

Para a semana vamos inserir o que os estudos e pesquisas mais recentes conseguiram determinar sobre Mikao Usui e a verdadeira história do Reiki.

 

 

Mikao Usui e a terapia Reiki

 

Parte 2

 

O doutor Mikao Usui tinha adotado o cristianismo tornando-se sacerdote e, depois, diretor duma escola católica.

No decorrer de uma discussão com os seus alunos, um deles perguntou ao mestre se ele interpretava à letra os ensinamentos da Bíblia.

Tendo este respondido pela afirmativa, os estudantes lembraram-lhe as curas miraculosas de Jesus. O estudante perguntou como explicava ele aquilo, uma vez que já não havia curadores em todo o mundo capazes dos mesmos atos. Cristo também ordenara aos apóstolos que curassem as doenças e ressuscitassem os mortos. “Se assim é, por favor, ensine-nos o método”.

Usui não soube o que dizer. Perante esta impossibilidade, demitiu-se e tomou a decisão de esclarecer este grande mistério. Ele recebera a sua instrução cristã de missionários americanos, e dado que o cristianismo era a principal religião da América, ele decidiu começar as suas pesquisas no Seminário de Teologia da Universidade de Chicago.

Após longos estudos infrutíferos, Usui tomou a decisão de voltar ao Japão na esperança de aí descobrir qualquer facto novo sobre a questão das curas espontâneas.

Foi para um mosteiro Zen onde o superior concordou que devia ser possível curar o corpo físico, como Buda o fizera. Declarou que aquilo que fora realizado numa época também tinha de ser possível noutra e convidou Mikao Usui a prosseguir as buscas no seu mosteiro.

Começou a estudar chinês, tendo em vista o aprofundamento de todos os textos dos sutras existentes nesta língua. Os resultados foram escassos, mas ele não desistiu do estudo dos sutras tibetanos. Apesar desta decisão exigir dele o conhecimento do sânscrito, retomou o trabalho com o mesmo empenho. Foi certamente pouco depois desta altura que fez uma viagem ao norte do Tibete e parece que, depois de ter acabado os seus estudos dos sutras tibetanos, Usui pensava estar na posse da verdade sobre as curas de Cristo.

Pouco depois, Usui decidiu fazer uma peregrinação à montanha sagrada (o monte Kuri Yama) onde praticaria o jejum e a meditação.

Amontoou vinte e uma pedras que lhe iriam permitir medir o tempo. Chegou assim ao vigésimo dia do seu jejum, a véspera do último dia.

De repente, viu no céu a oscilação de uma Luz, viu-a crescer na sua direção à medida que se aproximava. Recebeu a força da Luz em plena testa e julgou ter passado para o outro mundo.

Viu então milhares de bolas às cores a dançarem diante dos seus olhos; tornaram-se, a seguir, translúcidas e apercebeu-se que cada uma delas encerrava um caracter sânscrito de cor dourada e em três dimensões. Apareceram-lhe um a um, o que lhe permitiu registá-los na memória.

Impaciente por partilhar a sua experiência com o superior seu velho amigo, Mikao Usui começou a correr pela montanha. Parecia que o corpo estava mais robusto, como que rejuvenescido, coisa surpreendente depois de um longo período de jejum.

Era o primeiro milagre do dia.

Na sua precipitação, tropeçou numa pedra e feriu o dedo grande do pé. Ao querer massajá-lo para acalmar a dor, apercebeu-se que a hemorragia estancara apenas em alguns instantes e que a ferida se fechava rapidamente.

Dava-se o segundo milagre.

Ao continuar o seu caminho, chegou a uma pequena estalagem onde parou para retemperar as forças.

O estalajadeiro, ao ver o aspeto de monge e a barba hirsuta do visitante, percebeu que ele saía de um longo período de meditação e aconselhou-o a escolher uma sopa. Mas Usui declinou a oferta e pediu uma refeição normal. Depois de ficar satisfeito, sentiu-se bastante bem.

Foi o terceiro milagre.

Antes de abandonar a estalagem, a neta do estalajadeiro, que servira a refeição e cuja face estava inchada há alguns dias, teve uma violenta dor de dentes. Usui ofereceu a sua ajuda, que ela aceitou de boa vontade. Colocou as suas mãos de cada lado do rosto da jovem e rapidamente a dor e a inflamação diminuíram.

Foi o quarto milagre.

Quando, por fim, Usui chegou ao mosteiro, encontrou o superior a sofrer de uma crise de reumatismo. Mikao Usui pôs-se a contar a sua aventura, e enquanto o fazia, punha as mãos sobre as partes dolorosas do corpo dele e a dor desapareceu rapidamente, o que deixou o sacerdote estupefacto.

Foi o quinto milagre.

Após madura reflexão, Usui decidiu ir para um bairro pobre de Kyoto, para ali tratar os mendigos. Nos bairros pobres, tratou novos e velhos sem distinção. Obteve resultados notáveis e muitos ficaram totalmente curados.

Mas cerca de sete anos mais tarde, prosseguindo sempre na sua tarefa, reconheceu rostos familiares. Um homem ainda novo chamou-lhe particularmente a atenção.

- Parece-me que já nos conhecemos – disse ele.

- Com certeza – respondeu aquele – eu fui um dos seus primeiros casos de cura. Recebi um novo nome, a seguir encontrei trabalho e até me casei. Mas não consegui fazer face às responsabilidades, a vida de mendigo é muito mais fácil.

Usui encontrou outros casos análogos e encheu-se de desespero. Ao refletir, percebeu que não soubera comunicar-lhes o sentido das responsabilidades, a começar pelo da gratidão.

Foi então que ele compreendeu que toda a cura física, para ser duradoura, devia ser acompanhada de um equilíbrio psíquico e que, ao dar o Reiki indistintamente, ele não fizera mais do que reforçar as atitudes de vida dos mendigos.

Neste sentido, a importância de uma troca de energia pareceu-lhe vital. Todo o ato recebido exigia uma contrapartida sem a qual a vida era desprovida de valor.

Foi nessa altura que o Dr. Usui estabeleceu os cinco princípios fundamentais do Reiki.

Abandonou os bairros pobres de Kyoto para ensinar em todo o Japão.

Foi neste momento que os símbolos que lhe tinham sido revelados na sua visão adquiriram todo o seu sentido. Estes podiam servir-lhe para harmonizar os indivíduos, para lhes permitir assumir a responsabilidade do seu bem-estar. Ao ajudá-los a aumentar a sua energia, ser-lhes-ia possível dar um grande passo na direção do domínio de si próprios.

Depois de Usui ter refinado e aperfeiçoado o seu método, formou jovens discípulos que deveriam segui-lo nas suas deslocações.

No virar do século, pouco tempo antes da sua morte, Mikao Usui confiou ao mais devotado de entre eles, o Dr. Chujiro Hayashi, antigo oficial da marinha, a responsabilidade de perpetuar a tradição do Reiki.

 

Ver também a Parte 1 e Parte 3

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