O que são os chakras? Parte 2 (continuação)
O chakra cardíaco
Conhecido no Oriente como Anahata (o que não soa), tem a sua simbologia relacionada ao elemento Ar. A sua vibração eletromagnética assemelha-se à da cor verde e à da nota musical F (fá). Este chakra está relacionado, sobretudo, com a harmonização e integração das nossas “sombras”. O aprendizado necessário para o harmonizar está relacionado com a resignação diante das perdas e com a vivência da compaixão. Este chakra está relacionado diretamente ao coração, aos pulmões e ao timo, glândula relacionada ao nosso sistema imunológico.
Quando em equilíbrio, ele gera a vontade, a alegria e a força para suportar a dor; favorece a relação amorosa com as pessoas e com o mundo circundante. A pessoa passa a viver o amor incondicional, a compaixão e torna-se altruísta. É capaz de libertar-se do pensamento dualista e dos apegos. Possibilita, também, integrar as forças inferiores dos chakras já descritos com os superiores, que veremos adiante.
Em integração com o plexo solar, estimula o bom funcionamento dos sistemas endócrinos, favorecendo a absorção de proteínas, sais minerais e de vitaminas pelo corpo físico; harmoniza as ondas cerebrais, favorecendo a memória. Porém, quando ambos se encontram em desequilíbrio, obscurecem a emoção, causam entorpecimento intelectual, agitação, mudança brusca de humor, enfraquecimento da memória. Podem gerar problemas nos pulmões e no coração, aumentando a tendência para osteoporose (sobretudo em mulheres) e o enfraquecimento do sistema imunológico.
Sentimentos e atitudes que atrapalham o bom funcionamento destes dois chakras costumam ser: o orgulho, a agressividade, o egoísmo, a ambição, o desejo de mudança pela mudança, o radicalismo político ou religioso, o fanatismo, a tendência em julgar de forma parcial ou apaixonada, a tendência ao conflito, etc.
Para harmonizar tais chakras, devemos buscar o autoconhecimento, evitando o excesso de instabilidade emocional. Praticar meditação ou buscar concentrar-se num objetivo de cada vez ajuda também a reequilibrá-los.
O chakra laríngeo
Conhecido no Oriente como Vishudha (limpeza), possui a sua simbologia associada ao elemento éter. A sua vibração eletromagnética assemelha-se à da cor azul e à da nota G (sol). A comunicação, a criatividade e a clariaudiência são “temas” relacionados com esse chakra. O aprendizado necessário para o seu bom funcionamento está em expressar com segurança as emoções e os pensamentos.
Este chakra controla o funcionamento das glândulas tiroides e paratiroides e também a garganta, os brônquios, os pulmões, a faringe e os ouvidos. Está relacionado com a nossa expressão verbal e vocal, com a comunicação e com os mecanismos da clariaudiência.
O chakra frontal
Na verdade existem dois chakras muito próximos: o frontal (na testa) e o “terceiro olho” (entre as sobrancelhas). Neste livro, por razões didáticas, trataremos como se fossem apenas um. É conhecido no Oriente como Ajna (o comando), não está associado a nenhum elemento mas à dualidade primordial. A sua vibração eletromagnética é similar à da cor índigo ou violeta e à da nota A (lá). Está relacionado diretamente à mente não racional (intuição) e à clarividência.
Ele favorece, diretamente, o funcionamento da glândula pituitária, da pineal, o do sistema nervoso e, de certa forma, do cérebro. Costuma ser chamado de “chakra mestre”, uma vez que dirige e controla os demais chakras e as glândulas endócrinas correspondentes. Este chakra também está relacionado aos olhos e ao nariz.
Equilibrado, permite a integração dos dois hemisférios cerebrais além de estimular a hipófise e o sistema endócrino.
Os chakras laríngeo e frontal quando equilibrados, refletem-se em alegria, em comedimento, em gestos delicados e harmoniosos, em julgamentos moderados, inteligentes e racionais. Porém, em desequilíbrio, ocasionam a queda de cabelo, o odor ocre na cabeça, boca e axilas, a agressividade e os julgamentos contundentes, a histeria, o egocentrismo intelectual, a esquizoidia, a personalidade paranoide e o abstracionismo excessivo. Podem também favorecer a fuga da realidade material, a inflamação da garganta e a sonolência.
Os sentimentos e valores que costumam gerar desequilíbrios nestes chakras são, essencialmente, o orgulho, a prepotência e o materialismo.
Texto adaptado de "Os símbolos do Reiki e seus ensinamentos morais" de Adilson Marques